Magan's P.O.V
Flash back.
Eu estava no jardim conversando com a Charllote e a Estter, falando sobre coisas fúteis como sempre. Ríamos bem alto sem nos importarmos com os "bons modos" que nossos pais diziam que presisávamos ter se quiséssemos casar alguma dia. Nunca pensei nisso, casar... ter filhos, cuidar da casa e ter que satisfazer meu marido, definitivamente isso não cabe a mim.
Sempre fui cortejada por vários rapazes mas nunca dei atenção à eles, sinto que nenhum deles tem o que eu quero, não sei bem o que é, mas eles não tem. Enquanto ríamos ouvi um som de carruagem chegando, provavelmente deveria ser a família McGreen - uns amigos dos meus pais, eles vieram da França para conhecer o Brasil e quem sabe morar aqui - eu e as garotas nos levantamos da grama verdinha tiramos algumas folhas que ficaram na barra dos nossos vestidos e saímos em direção à frente da casa.
Cheguei na porta e fiquei para com as mãos para trás - a Charllote e a Estter haviam voltado para casa - observei o criado abrir a porta vi de lá saindo um homem alto, branco com a barba mal feita, mas com um certo charme eu diria... depois um jovem rapaz aparentemente com 17 anos alto, por volta de 1,70, pela clara e aveludada, olhos castanhos cor de mel e lábios carnudos e rubros. Fixei meu olhar nele, não entendi por que mas ele tinha algo de diferente. Depois de olhar ao redor ele olhou para mim e abriu um sorriso sem mostrar os dentes mas de uma forma serena.
Na hora do jantar apenas ficamos trocando olhares, era uma noite com a temperatura amena, uma leve briza e os sons do balançar dos galhos e a lua bem cheia clareando o céu, fazendo com que as estrelas perdessem seu brilho em relação à lua. Um pouco depois do jantar e fiquei na porta olhando o luar. A noite estava tão linda que resolvi dar uma volta pelo jardim que era grande com grama bem verdinha vários tipos de flores - mas com bastantes rosas vermelhas, por que é a minha favorita - e bem no meio havia uma fonte com pedras grandes em um lado e umas bem pequenas do outro, e um pouco à frente da fonte havia um pequeno mastro.
A briza soava levemente e um pouco fria avisando que o inverno a de chegar brevemente. Passei uns longos minutos lá apenas olhando para o céu, quando eu ouço uns leve passos vindo de trás, cheguei a pensar que era o meu pai vindo ver se eu estava bem mas quando ouvi uma voz calma um pouco rouca e grave eu tive certeza de que não era o meu pai.
Eu: Não, estou acostumada - responde um pouco baixo e me encostando no pequeno mastro.
Derek: Pode haver criaturas por aqui... já pensou! - sorrio ele com uma gargalha baixa e gostosa de se ouvi, e se aproximando lentamente de mim.
Eu: Não... eu... isso não seria possível, aqui nunca acontece nada de mais. - respondi meio temerosa do que ele havia acabado de dizer, olhei para sua mão esquerda e vi um grande anel em seu dedo anelar - que anel lindo, posso ver?
Derek: Acho melhor não - ele respondeu olhando para sua mão e acariciando seu anel - não acho que seja uma boa ideia.
Eu: Por que? vai morrer se eu tirar? - soltei uma leve gargalhada.
Ele apenas soltou outra gargalhada e eu não sei bem por que mas sorri junto a ele, e assim passaram-se algumas creio que três a quatro semanas e foi só isso, apenas isso pra que eu me apaixonasse perdidamente pelo Derek. Eu encontrava com ele toda noite no mesmo lugar e sempre na mesma hora, passávamos a noite quase inteira conversando, eu sempre contava para ele sobre o que eu aprontava com minhas amigas - nós éramos meninas levadas - e eu o fazia rir até chorar, e algo que eu achava diferente nele era que ele sorria muito mas não ficava com o rosto vermelho.
Nós nos sentamos na grama, era noite, sem luar o céu escuro, muito escuro. Estávamos calados apenas nos entre olhando, ele acariciava meu cabelo com um leve sorriso angelical no rosto, até que ele veio se aproximando do meu rosto, segurou em meu queixo e me beijou lentamente, foi um beijo calmo sereno e ao mesmo tempo quente. Em todo esse tempo nós nunca tínhamos feito isso, ele me pegou de surpresa.
E quando parou ele olhou no fundos meus olhos e disse lentamente e baixo "eu te amo, Mandy", quando ouvi aquilo senti como se eu estivesse fora do chão, flutuando, sentia-me tão bem que minha única reação foi beija-lo de volta, mas dessa vez intensamente.
Mas quando voltei a olhar para seus olhos vi que algo estava errado, abaixo de seus olhos haviam alguma veias sobressaltadas e a cor estava mais escura e as pupilas exageradamente dilatadas. Ele abriu sua boca vi seus dentes caninos maiores que o normal, e ele veio com uma velocidade feroz para o meu pescoço, daí lembro-me apenas de sentir uma pontada muito mas muito forte como se eu estivesse quebrando um braço.
Acordei sentindo um pouco de dor no pescoço, passei a mão levemente e vi todo aquele sangue. Ao lado da cama vi o Derek se levantando da cadeira, o olhei assustada sem entender o que havia acontecido, e quando eu ia gritar ele sentou ao lado da cama próximo a mim e eu me encolhi com medo do que podia acontecer.
Derek: Não precisa ter medo, não vou machucar você. - disse ele com um ar de autoridade.
Eu: Ou você quer dizer, "de novo não". - o encarei com os olhos semicerrados mesmo estando com medo.
Derek: Não seja atrevida Mandy, foi... foi um acidente, me perdoe.
Eu: Acidente? Você me mordeu e chupou quase todo meu sangue!
Derek: Eu... - ele respirou fundo e voltou a olhar para mim - eu, não consegui me controlar...
Eu: O que você é? - falei com a voz tremula.
Derek: Mandy...
Eu: O QUE VOCÊ É? - comecei a gritar, estava ficando mais nervosa - ANDA, REPONDE DEREK.
Derek: Vampiro... eu sou um vampiro.
Eu levantei da cama bem assusta com a mão no ferimento. O Derek se levantou e segurou bem forte em meu braço e fez com que eu me virasse e olhasse no fundo dos seus olhos
Derek: Você não precisa ter medo, eu amo você não vou fazer nenhum mal a você - enquanto ele dizia aquelas palavras eu olhava em seus olhos e via suas pupilas se dilatando e contraindo rapidamente, e automaticamente eu respondi.
Eu: Eu não vou ter medo.
Fim do flash back
Dirigia meu carro à mil, era uma manhã linda, o sol brilhando um vento um pouco quente, a estrada deserta com várias árvores pela laterais. O Justin ouvia uma música no bem alta e cantava junto, e que a proposito ele tinha uma voz divina, isso fez eu lembrar da festa de meu aniversário de 20 anos, fizemos em um salão grande cheio de luzes várias pessoas amigos e familiares que eu não via à algum tempo...
Flash back.
Eu ainda estava no meu quarto me arrumando, a festa iria começar às 18:30, e já haviam algumas pessoas lá. E eu precisava estar bem arrumada até por que fazer 20 anos não era pra qualquer um - pelo menos nesse tempo. Meu vestido era azul fraco bem bem cheio, e eu usava brincos pequenos e discretos, com um colar de ouro puro e uma grande pedra, meu cabelo estava preso em um coque que tinha uma flor como detalhe e com uma mecha solta ao lado e próximo ao meu rosto. E enquanto minha "ama-de-leite" apertava meu espartilho ouvi a porta se abrir e era o Derek, ele usava um sobretudo que dava um pouco acima dos joelhos e uma calça da mesma cor e uma luva branca. Pedi calmamente pra que a minha "ama" saísse do quarto pra que eu pudesse conversar com o Derek a sós. Ele me olhava amorosamente com um leve sorriso e quase imperceptível, e caminhava lentamente até mim, o vi abrir um pouco a boca como se fosse dizer algo mas rapidamente ele fechou-a.
Eu: Queria me dizer algo?
Derek: Você está divinamente linda... - ele sorrio enquanto se aproximava mais e beijava.
Eu: Derek! - eu o afastei um pouco - cuidado, alguém pode entrar. - sorri para ele, que provavelmente notou meu rosto vermelho.
Derek: Amor, fique tranquila, tomei cuidados para que isso não acontecesse.
Eu: O que você fez? - perguntei curiosa.
Derek: Você confia em mim? - ele parecia um tanto nervoso - confia Mandy?
Eu: É... - gaguejei - é claro amor.
Ele apenas acariciou meu rosto enquanto eu o observava com uma profunda curiosidade e talvez um pouco de medo. E eu ainda não entendia muito bem por que eu não era uma vampira, há alguns anos ele havia me mordido, então eu não deveria ser uma deles agora?. Eu precisava perguntar a ele, essa duvida me consumia a cada de mais.
Fim do flash back.
Enquanto dirigia bem rápido eu sentia uma fome terrivelmente profunda, e eu não podia comer agora e alí com o Justin por perto, eu ainda não sabia se ele estava preparado pra saber disso, ou se eu estava preparada pra contar e pior, como eu contaria?? Provavelmente ele ficaria assustado e com muito medo de que eu o machucasse. E mesmo que seu sangue me atraísse o tempo todo, nem sempre terei certeza se vou conseguir me conter, principalmente com a tamanha fome que eu sentia.
E isso seria uma coisa que eu talvez não faria - como o Derek fez - eu não me alimento de sangue humano há décadas, sim décadas as vezes eu tenho minhas recaídas... ninguém é perfeito. Só que quando eu começo eu não paro mais, eu não consigo, sangue é uma especie de droga pra mim.
Um vicio sem cura.
Justin: Mandy? Ô MANDY? - ele me chamava aos berros
Mandy: Que foi? - respondi voltando dos meus pensamentos.
Justin: Por que você parou o carro?
Mandy: Eu... eu... - eu respirava fundo e me segurando para não ataca-lo.
Justin: Você...? - logo em seu rosto havia uma expressão curiosa - o que houve com seus olhos?
Meus olhos estavam iguais aos do Derek, escuros com as pupilas exageradamente dilatadas e abaixo deles minhas veias estavam sobressaídas. Minha respiração estava forte e pesada, cada vez que eu olhava para ele meus olhos desciam direto para seu pescoço, aquele pescoço altamente atrativo para mim. Eu o olhava fixamente sem mover um músculo se quer, minha respiração era quase imperceptível.
Justin: Mandy? - ele estava assustado, mas quando tentou abrir a porta do carro em um movimento brusco minha única reação foi ataca-lo.